quarta-feira, agosto 03, 2005

O POUSO DO TETÉU

Arpege

Sexta-feira, oito da noite, entramos no aero-willys azul 65, e saímos a procura de um bar, de preferência um bar onde houvesse umas meninas, que pudessem nos acompanhar na noitada. Fomos ao Pouso do Tetéu.
Paramos o carro na Quinze e entramos no bar. –Traga um litro de Montilla e um tira-gosto de primeira.
Levantei fui até o garçom e indaguei se tinha gia, ele respondeu que sim e pediu pra escolher. Fui até um compartimento da cozinha onde havia um pequeno tanque de cimento, cheio de gias.-Pode escolher, falou o cozinheiro. Escolhi duas das maiores, sem pegar com as mãos apenas apontando. O cozinheiro colocou em cima de uma pequena tábua de madeira e com um facão amolado decapitou a rã e em seguida puxou toda a pele deixando-a nua parecendo uma moça no banho.
Voltei pra mesa e perguntei pro gordinho Batista, que estava conosco :-Você gosta de gia?
-Deus me livre, você tá louco? Acho que vou vomitar só de pensar naquele sapo nojento.
Tchuff, cuspiu no chão, temperando a garganta. Foi porisso que pedi um galeto novinho pra tira-gosto, pois sabia que você não comia rã.
A gia vinha em uma pequena travessa, forrada de alfaces, rodelas de tomate,cebola cortada , pedaços de queijo de coalho e azeitonas verdes, ladeados por uma porção de farofa, feita com a graxa da gia.
O prato era tão arrumado, que ninguém conseguia distinguir a rã de um galeto. O gordo Batista comeu até topar e pediu mais dizendo;- Ou franguinho gostoso, traga outra porção .
-Você acabou de comer gia, seu besta.
-O quê? Garçon , vou te matar! É verdade?
-É, sim senhor.
Então não traga mais não seu desgraçado, já comi, agora tá sem jeito.
Enquanto o gordo brigava com o garçon, entraram três meninas no ambiente. Eu estava sentado , encostado na parede, pra me proteger, porque no Pouso do Tetéu, de vez em quando, tinha briga . Na cintura um Smith and West 32, niquelado e cabo de madrepérola.
Convidamos as garotas pra sentar e nos ajudar a tomar o litro de Rum.
Depois de algumas horas, bebendo e escutando música brega, perguntei:-Tem algum lugar bom pra gente ir, conversar mais sossegado e a sós?Leila respondeu:- Tem Margô. Fica ali na dezeseis, perto do King Nigth Club de Rita Loura.
-Então vamos pagar a conta e seguir pra lá.
Quando chegamos, não tinha nenhum movimento na sala de recepções, o bar já estava fechado, apenas um empregado com jeito de viado com as chaves dos quartos na mão, para escolher.
Fui para um quarto no primeiro andar, com Leila, depois de subir por uma escada estreita e escura, pois só havia uma lâmpada no fim do corredor.
Entramos no quarto, ela acendeu um pequeno abajur, em cima de uma cômoda, com alguns vidros de perfume, um talco Palmolive e uma bacia média, onde ela colocou um pouco d’agua que tirou de uma quartinha colocada no chão ao lado da cômoda, pegou uma garrafa de álcool e derramou um pouco na bacia;era para lavar as partes quando terminasse.
-Pode tirar a roupa, foram suas primeiras palavras.
Um pouco acanhado, mas meio embrigado, fui rapidamente tirando a roupa e automáticamente ficando excitado, ao vê-la arrancar o vestido pela cabeça.
-Pode deitar na cama, gosto de ir por cima, continuava Leila conduzindo todo o processo.
-Que coisa grande menino, ela me encabulava e ao mesmo tempo me deixava mais excitado.
Sem nenhum tipo de carícia ou beijo, ela deitou por cima de mim e começou a cavalgar. Em alguns minutos ela já bem excitada começou a gritar:- Chico meu amor, meu macho, eu te quero...me fode....
Em seguida teve um orgasmo estridente e vigoroso que me levou junto, completamente suado e atônito, mas ao mesmo tempo muito gostoso.
Parou. Deitou do lado ofegante, acendeu um cigarro.
-Você é muito gostoso! Disse me agradando
-Eu não lhe disse meu nome, como é que você adivinhou?Perguntei.
-E como é seu nome? Ela respondeu perguntando.
-Chico.
-Chico é o nome do meu namorado e toda vez que eu transo , penso nele pra poder gozar. Ele é soldado do 16 RI, olha a foto .
-Ah bom! falei, olhando aquela foto ridícula do recruta de cabeça raspada.

                Frei Carmelo
                  Ago/2005

Um comentário:

Orf disse...

rsssssssssssssss!
Você tinha contado, mas assim, escrita, com os detalhes, ficou beleza!!!

Me lembrei das muitas bacias que conheci...

Umas mais espertas e sabidas, pediam para lavar antes, duas vantagens: examinava o membrum virile do cara para ver se tinha alguma doença e já o excitava, dispensando as preliminares...

Ô moças boas! tive grande amigas putas e tenho delas ótimas recordações...

Hoje quando vejo essas mecanicas menininhas das esquinas, me assusto como o tempo corrompeu até isso, as putas...sorte, obvio, temos em não mais necessitar desses serviços