terça-feira, novembro 20, 2007

A ROSA QUADRADA


No fundo do calabouço
No âmago da prisão
Entre estupros, torturas
Saudades, melancolia
Alienação,
Um profundo
Sentimento de liberdade.
No meio da luta
Pelos direitos,
Na busca
Das igualdades,
Uma grade de ferro
De onde se espreita
Ao longe, no campo
Uma rosa quadrada.
Um dia
A porta se abre
E a relva e o asfalto
Levam até a rosa
Que ainda está viva.
A grade quadrada
É a grande esperança
E a rosa viçosa
A própria vida.
Chl.
Abr/1980

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